O BSC é uma sigla para Balanced Scorecard, que em tradução livre significa Indicadores Balanceados de Desempenho. Na verdade, trata-se de uma metodologia de gestão que utiliza um quadro estratégico para equilibrar os indicadores, metas e objetivos de uma empresa, sendo uma ferramenta que pode ajudar a planejar e executar a sua estratégia de forma eficaz.
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Mas, antes de entrarmos propriamente nesse assunto, não podemos deixar de reforçar que o desenvolvimento de qualquer negócio depende de um planejamento estratégico adequado para curto, médio e longo prazos. Porque é por meio dele que as empresas conseguem definir seus objetivos e as estratégias para alcançá-los, sendo por isso, uma parte crucial do empreendedorismo.
No entanto, pesquisas realizadas no mercado apontam que apenas 10% das empresas brasileiras fazem um planejamento estratégico de médio e longo prazos (para os próximos 3 a 5 anos), sendo que 70% delas utiliza somente indicadores financeiros para analisarem o desempenho e tomarem decisões, a partir da demonstração da evolução de uma situação inicial para uma planejada e realizada no futuro. E, com essas informações em mente, este é um bom momento para retornar ao nosso assunto.
A metodologia do BSC foi criada em 1992 pelos professores Robert Kaplan e David Norton, da Harvard Business School, como uma forma de superar a limitação dos indicadores financeiros tradicionais, que por si mesmos não são suficientes para a avaliação do desempenho organizacional, uma vez que eles só mostram os resultados dos investimentos e das atividades, deixando de medir pontos subjetivos que impactam diretamente nos resultados da própria gestão estratégica.
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O principal diferencial desta tecnologia, em relação a outros sistemas de medição de desempenho, é o seu foco em fatores impulsionadores de rentabilidade de longo prazo e não somente nos indicadores financeiros, que acabam não sendo suficientes para subsidiar a tomada de decisão, por mostrarem somente resultados das operações passadas.
Partindo deste princípio, os criadores do BSC propuseram que as empresas deveriam avaliar seus desempenhos, alinhando a visão e a estratégia da organização considerando fatores impulsionadores sob quatro principais perspectivas:
Perspectiva de aprendizado e crescimento que trabalha toda a parte relacionada aos recursos humanos necessários para a busca da excelência organizacional, onde as pessoas são peças chaves para o sucesso e base de melhoria da qualidade e da inovação, podendo vir a ser um grande diferencial frente à concorrência;
Perspectiva dos processos (críticos) internos que se refere integralmente às atividades-fim que asseguram a própria sobrevivência da organização, sendo sua melhoria um indicador chave do sucesso financeiro no futuro;
Perspectiva do cliente que tem como foco satisfazer às necessidades dos clientes, sejam eles internos ou externos;
Perspectiva financeira tradicional e bastante objetiva que visa mensurar e analisar os resultados, essencialmente, sob o ponto de vista financeiro.
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Nesse caso, cada perspectiva deve ter seus próprios objetivos estratégicos, indicadores de desempenho, metas e iniciativas. Aqui, o grande ponto é o equilíbrio, sendo essencial que as perspectivas e seus indicadores estejam alinhados entre si e com a visão e a estratégia da organização, uma vez que atuam como fatores impulsionadores uns dos outros.
Dentro deste contexto, sendo o BSC baseado no equilíbrio organizacional, ele ajuda na tradução da estratégia em ações tangíveis, proporcionando o comprometimento de todos os níveis, estratégias e ações equilibradas em todas as áreas que afetam o negócio como um todo.
Dentre vários benefícios, o BSC permite uma visão sobre o futuro e um caminho para chegar até ele, atuando em três importantes vertentes:
Nas pessoas, promovendo não somente o aumento da produtividade individual e da equipe, mas também no consenso em torno das estratégias do negócio gerando forte sinergia dentro da organização;
Nas atividades, potencializando os pontos fortes, bem como mitigando e, preferencialmente, eliminando os pontos fracos da organização, além da otimização de processos e priorização de ações, melhorando o processo de tomada de decisão e reduzindo os riscos dessa atividade;
No controle de gestão, quando por meio do monitoramento contínuo, os indicadores de desempenho desenvolvidos tornam palpáveis pontos subjetivos da organização.
De uma forma geral, o BSC visa a gestão de desempenhos, tanto empresariais como pessoais, tendo como ideia não apenas medir pontos subjetivos, mas também saber avaliá-los, sendo que para sua correta implementação é exigido que as lideranças tenham domínio da metodologia e considerem o atendimento das seguintes etapas relevantes:
1ª Etapa – Sensibilização das pessoas envolvidas: a organização como um todo deve estar ciente do procedimento, de forma que não exista dúvidas em relação a sua utilização e função;
2ª Etapa – Definição de metas: Mapear os objetivos de cada unidade, detalhando suas metas alinhadas com a estratégia da organização, estabelecendo inter-relações de causa e efeito;
3ª Etapa – Avaliação dos processos internos: Uma vez que as pessoas já estejam sensibilizadas e os objetivos definidos claramente, os processos internos devem ser avaliados e adaptados para que fiquem alinhados com as metas traçadas;
4ª Etapa – Definição de indicadores de performance: Definir indicadores de desempenho que permitam quantificar pontos subjetivos, tornando-os palpáveis e facilitando a compreensão do ponto aonde se quer chegar e o que foi alcançado;
5ª Etapa – Implementação da metodologia: Colocar a estratégia em ação, certificando que tudo o que foi definido nas etapas anteriores tenha sido colocado em prática;
6ª Etapa – Monitoramento e controle de indicadores: Nesta última etapa, deve-se verificar se a estratégia está funcionando, ou seja, se as metas estão sendo atingidas, conforme planejado e agir corretivamente se necessário.
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Porém, lembre-se que somente haverá efetividade na implementação do BSC se existir ligação entre o planejamento estratégico e o processo de planejamento operacional, às decisões correntes, por meio dos objetivos estratégicos, indicadores de performance e iniciativas, com o comprometimento de todos os níveis organizacionais da empresa, abrangendo toda a cadeia de valor estratégica, ou seja, pessoas, processos, clientes e resultados.
Seguramente, o Balance Scorecard é uma metodologia que ajuda a alinhar a visão, missão e valores com os indicadores, metas e ações da organização. Com a observação das principais perspectivas do BSC no planejamento estratégico, você pode monitorar e melhorar o desempenho em todas as áreas do seu negócio, tornando-se mais eficaz e eficiente, aumentando a sua vantagem competitiva e a satisfação dos clientes, além de garantir a sustentabilidade e a própria sobrevivência da sua empresa.
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Euler Gonçalves, mineiro de Belo Horizonte, especialista em Integração e Desenvolvimento e entusiasta por processos, atua como consultor em organizações, ministrando treinamentos e palestras nas áreas de conhecimento relacionadas com projetos, processos e gestão empresarial, participando da elaboração, implantação e gestão de projetos.
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